segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Matemática Aplicada - Aula 06 - Números Decimas, Fração, Razão e proporção

A igualdade entre duas razões forma uma proporção. Vale lembrar que razão é a comparação entre duas grandezas (tudo que pode ser medido, contado, como volume, massa, superfície, comprimento, velocidade, tempo, etc.). As proporções estão presentes no nosso cotidiano e são aplicadas em situações que envolvem proporcionalidade direta e inversa.

Em atividades diversas, utilizamos os números e fazemos comparação entre as grandezas. A proporção de componentes que o pedreiro tem para fazer a massa do cimento é similar à proporção que o técnico em mecânica deve ter para realizar a mistura da água com o fluido de corte.
  • Fluido de corte é uma solução utilizada na usinagem de peças que tem a finalidade de reduzir o atrito, da ferramenta de corte com a peça/superfície que está sendo usinada, e diminuir a temperatura na região de corte. Ou seja, o fluido de corte lubrifica, refrigera e protege contra a oxidação, equilibrando o processo de usinagem. Para conseguir estabilizar o processo, o fluido contém uma razão de água e fluido de corte correta, geralmente indicada pelo fabricante do fluido de corte.

Proporção direta
Considerando que um motor consegue realizar trezentas voltas totais a cada dois minutos, o mesmo motor na mesma proporção, irá realizar quantas voltas em cinco minutos?
Primeiro precisamos montar a proporção e em seguida, realizar a multiplicação dos meios pelos extremos. 
Quando encontramos o valor de x, encontramos a quantidade de voltas que o motor irá realizar em 5 minutos, que serão 750 voltas.

Proporção Inversa
As proporções podem também ser inversamente proporcionais, quando alteramos uma proporção, e ocorre o inverso na outra. Se um automóvel, em velocidade constante de 80Km/h, percorre uma certa distância em 6 horas. Em quantas horas fará o mesmo percurso se diminuir a velocidade para 60Km/h?
As grandezas são inversamente proporcionais, pois, diminuindo a velocidade, aumentará o tempo de percurso. Com isso, precisaremos escrever do seguinte modo:
Confirmamos que reduzindo a velocidade para 60Km/h, o tempo de percurso irá aumentar para oito horas.

Porcentagem
A porcentagem é a razão com o denominador igual a 100 e é acompanhada pelo símbolo de porcentagem (%). 
Exemplo: Um técnico em mecânica precisa aplicar, em um parafuso normalizado, um torque de 60% do indicado para o mesmo. Sendo que é indicado para o parafuso o torque máximo de 2N, qual o torque que o técnico irá aplicar?
A razão ( 60 x 2 ) / 100 representa corresponde ao torque necessário. Então 60% de 2 N corresponde a 1,2 N.

Razão
Exemplo: Um técnico em mecânica separou 9 porcas para realizar um serviço de manutenção, no entanto ao abrir a máquina notou que era necessário substituir apenas 3 delas. Qual a razão e porcentagem representa a quantidade que ele não utilizou.
Realizando a divisão 6 / 9 (razão) temos a parte decimal 0,666  que representa a quantidade que ele não utilizou, ao fazer a multiplicação por 100 teremos a porcentagem que representa as peças não utilizadas.
Como resposta temos que não foram utilizados 66,6% das porcas que foram separadas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Matemática Aplicada - Aula 05 - A ordem das operações matemáticas

O que fazer quando temos que somar, multiplicar, subtrair  e resolver potências ao mesmo tempo? 
Para obter o resultado correto temos que seguir a regra de prioridade das operações. Essa regra define a ordem correta para resolver as diferentes partes de uma operação. Usar uma regra de ordem para fazer as operações garante que todos possamos ler e resolver um problema da mesma maneira. 
Sem uma ordem definida para as operações, as fórmulas usadas em áreas científicas ou financeiras, por exemplo, não seriam muito úteis, e seria impossível saber se uma resposta está correta numa prova de matemática. A ordem padrão é a seguinte: 
  1. Agrupamentos { [ (  ) ] };
  2. Expoentes e Raízes 
  3. Multiplicação e Divisão
  4. Adição e Subtração
Para ajudá-lo a memorizar essa ordem, pense na palavra PEMDAS, formada pela primeira letra de cada operação, em ordem.


Seguindo essa lógica, em qualquer operação matemática você deve começar resolvendo os parênteses, depois os expoentes, em seguida as multiplicações e divisões e por último a adição e a subtração. 
Quando as operações são do mesmo nível, elas devem ser resolvidas da esquerda para a direita. 
Por exemplo, se o cálculo tiver mais de um expoente, primeiro você deve solucionar o da esquerda e continuar para a direita.
Vamos dar uma olhada mais detalhadamente na ordem das operações. Isso pode parecer complicado, mas não é. Você pode resolvê-lo levando em conta a ordem das operações e usando seus conhecimentos de aritmética.
Vejamos a seguinte expressão passo por passo.
4 / 2 x 3 + ( 4 + 6 x 2 ) + 18 / 32  - 8 
Parênteses - Sempre começamos resolvendo as operações que estão dentro dos parênteses que servem para agrupar partes de uma expressão matemática. Se houver mais de um grupo de parênteses, resolveremos primeiro os da esquerda. No nosso exemplo, só temos um grupo:
4 / 2 x 3 + ( 4 + 6 x 2 ) + 18 / 3 - 8 
Dentro dos parênteses, você deve seguir a ordem das operações como faria em uma expressão sem eles. No nosso caso, temos duas operações: uma adição e uma multiplicação. Como a multiplicação sempre dever ser feita primeiramente, vamos começar multiplicando : 6 x 2.
4 / 2 x 3 + ( 4 + 12 ) + 18 / 3 - 8 

Agora somamos : 4 + 12.
4 / 2 x 3 + ( 16 ) + 18 / 3 - 8 

Reduzimos o conteúdo dos parênteses para um único número: . Como só temos um número dentro deles, podemos descartá-lo porque ele não agrupa mais nada:
4 / 2 x 3 + 16 + 18 / 3 - 8 
Como não há mais parênteses na expressão, continuamos com os expoentes.

PotênciasAgora vamos resolver todos as potências. Lembre-se de que as potências são uma forma de representar a multiplicação de um número por si mesmo várias vezes. Por exemplo, 32 é igual a 3 x 3.
Observe que só temos uma potência na nossa expressão, 32 .
4 / 2 x 3 + 16 + 18 / 32  - 8 
Multiplicamos 2 vezes o número 3.
4 / 2 x 3 + 16 + 18 / 3 x 3  - 8 
Dessa forma a resposta de  é 9.
4 / 2 x 3 + 16 + 18 / 9  - 8 
Como não há mais operações com potências, continuamos com operações das multiplicações e das divisões.

Multiplicação e Divisão Agora vejamos as operações de multiplicação ou divisão. Lembre-se de que a multiplicação não precisa ser feita necessariamente antes da divisão. Neste caso, as operações são resolvidas da esquerda para a direita.
Começando da esquerda precisamos primeiro resolver 4  / 2 , o resultado é 2.
4 / 2 x 3 + 16 + 18 / 9  - 8
2 x 3 + 16 + 18 / 9  - 8  
A próxima operação será : 2 x 3 , o resultado é 6.
6 + 16 + 18 / 9  - 8  
A última operação de divisão 18 / 9 é igual a 2.
6 + 16 + 18 / 9  - 8
6 + 16 + 2  - 8  
Não há mais nada para multiplicar ou dividir, então, podemos avançar para a última parte na ordem de operações: A adição e a subtração.
Adição e subtraçãoNosso problema agora parece mais fácil de resolver já que só temos adições e subtrações.
Assim como fizemos com as multiplicações e com as divisões, adicionaremos e subtrairemos da esquerda para a direita. Isto significa que primeiro vamos adicionar 6 +16 . 
6 + 16 + 2  - 8  
Agora somamos 22 + 2.
22 + 2  - 8  

Só falta uma operação, 24 - 8 :
24  - 8  = 16
Pronto! já resolvemos todo o problema e a resposta é 16 .

No início, enquanto você aprende a ordem das operações, pode demorar um pouco para resolver problemas como esse, mas com a prática você se acostumará a resolvê-los na ordem correta e muito facilmente.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Matemática Aplicada - Aula 04 - Operações Matemáticas Básica II

Radiciação

Se procuramos a “raiz quadrada de 4”, pretendemos descobrir qual é o número que, ao quadrado (o número multiplicado por si mesmo), resulta em 4. Facilmente podemos dizer que o número que procuramos é o 2, pois  2²  = 4. Por essa razão, dizemos que a radiciação é a operação inversa à potenciação. 
Os elementos que compõem a radiciação são o radical, o índice, o radicando e a raiz. O radical indica que se trata de uma radiciação, e o índice caracteriza a operação, isto é, o tipo de raiz que estamos trabalhando. Em geral, o radicando é o número sobre o qual somos questionados, e a raiz é o resultado.
Podemos resolvê-la a radiciação utilizando a fatoração. A fatoração do radicando é um procedimento que nos permite efetuar a radiciação independentemente do índice do radical e até mesmo se a radiciação não possuir raiz exata.

Fatoração

A fatoração é a decomposição de um número em uma multiplicação de números primos, chamados de fatores. Através dela podemos simplificar o cálculo da raiz. Essa é uma chance de identificar se esse número é um quadrado perfeito.
Na fatoração, sempre comece a decompor com o menor número primo possível cujo resultado da divisão seja um número inteiro. Vejamos o número 256 como exemplo:
Você pode simplificar o 2 com a raiz e multiplicar os números que sobraram (2.2.2.2 = 16). Sendo assim, a raiz quadrada de 256 é 16.

Logaritmo

Logaritmo de um número b na base a é igual ao expoente x ao qual se deve elevar a base, de modo que a potência ax seja igual a b, sendo a e b números reais e positivos e a≠1.
Desta forma, o logaritmo é a uma operação na qual queremos descobrir o expoente que uma dada base deve ter para resultar em uma certa potência.
Por esse motivo, para fazer operações com logaritmos é necessário conhecer as propriedades da potenciação.
Lê-se logaritmo de b na base a, sendo a > 0 e a ≠ 1 e b > 0.
Quando a base de um logaritmo for omitida, significa que seu valor é igual a 10. Este tipo de logaritmo é chamado de logaritmo decimal.
O logaritmo é um número e representa um dado expoente. Podemos calcular um logaritmo aplicando diretamente a sua definição.
Neste exemplo, queremos descobrir qual expoente devemos elevar o 3 para que o resultado seja igual a 81. Usando a definição, temos: log3 81 = x ⇔ 3x = 81
Para encontrar esse valor, podemos fatorar o número 81, conforme indicado abaixo. Substituindo o 81 por sua forma fatorada, na equação anterior, temos: 3x = 3, como as bases são iguais, chegamos a conclusão que x = 4.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Matemática Aplicada - Aula 03 - Operações Matemáticas Básica

As operações matemáticas são adição, subtração, multiplicação e divisão
As operações matemáticas abrangem os cálculos que são utilizados para a resolução das equações. Basicamente têm-se a adição, a subtração, a divisão e a multiplicação, que, apesar de abrangerem um raciocínio simples, são de suma importância para realização de qualquer cálculo matemático.

Adição

Na adição existe o cálculo de adicionar números naturais a outros. Essa operação matemática também é conhecida popularmente como soma. O resultado final da adição é chamado de total ou soma e os números utilizados são as parcelas. O operador aritmético, ou seja, o sinal que indica o seu cálculo é o (+). Observe o exemplo: 6 (parcela) + 2 (parcela) = 8 (soma ou total). As propriedades da adição são:
  1. Elemento neutro: zero, ou seja, qualquer número somado a zero terá como resultado ele mesmo. Ex.: 6 + 0 = 6.
  2. Comutatividade: a ordem de duas parcelas não altera o resultado final. Ex.: 8 + 2 = 10 e 2 + 8 = 10.
  3. Associatividade: a ordem de mais de duas parcelas também não altera o resultado, mas é necessário considerar a regra do uso dos parênteses, que significa que deve-se iniciar a adição a partir do que está dentro deles. Ex.: 8 + (2 + 1) = 11 e (8 + 2) + 1 = 11.
Números negativos e positivos: os números positivos e negativos podem ser somados, mas existem algumas regras que devem ser consideradas. Quando os números possuem sinais diferentes (negativos e positivos) o resultado acompanhará o sinal do número maior. Ex.: (-3) + 4 = 1. Já no caso de dois números negativos, o resultado também será negativo. Ex.: (-8) + (-7) = - 15.

Subtração

A subtração abrange a redução de um número por outro. Os seus elementos são: minuendo, subtraendo e diferença ou resto. O (-) é o sinal utilizado na operação. Veja o exemplo: 8 (minuendo) – 2 (subtraendo) = 6 (diferença ou resto). As propriedades da subtração são:
  1. O resultado é alterado no caso de mudança na ordem de apresentação dos valores, e nesse caso a diferença terá o sinal trocado. Ex.: 8 - 2 = 6 é diferente de 2 - 8 = -6.
  2. Fechamento: A diferença de dois ou mais números reais tem como resultado um número real.
  3. Anulação: Quando o minuendo for igual ao subtraendo tem como resultado da diferença o 0 (zero).
  4. Não existe elemento neutro.
Números negativos e positivos: Sinais iguais: soma e conserva o sinal. Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior número (maior módulo).





Multiplicação

A Multiplicação está intimamente relacionada à adição, pois pode-se dizer que ela é a soma de um número pela quantidade de vezes que deverá ser multiplicado. O símbolo mais conhecido é o (x), mas muitas pessoas utilizam o (*) ou (.) para representar essa operação. Os nomes dados aos seus elementos são fatores e produtos. Vejamos um exemplo: 4 (fator) x 4 (fator) = 16 (produto). Observe que o exemplo também poderia ser representado: 4 + 4 + 4 + 4 = 16. As propriedades da Multiplicação são:
  1. Comutatividade: a ordem dos fatores não altera o produto. Ex.: 4 x 2 = 8 e 2 x 4 = 8.
  2. Associatividade: quando tem mais de dois fatores não importa a sua ordem, pois o resultado será o mesmo. Ex.: (3 x 5) x 2 = 30 ou 3 x (5 x 2) = 30
  3. Distributividade: quando temos que multiplicar e somar devemos iniciar o cálculo pela multiplicação, mesmo que a soma esteja dentro de parênteses. Ex.: 2 x (3 + 3) = (2 x 3) + (2 x 3) = 6 + 6 = 12.
  4. Elemento neutro: número 1, sendo que qualquer número multiplicado por ele resultará nele mesmo.

Divisão

Nessa operação é possível dividir dois números em partes iguais. Essa operação tem os seguintes elementos: dividendo, divisor, quociente e resto. O sinal utilizado é (÷), mas podemos ver também os sinais (/) ou (:). No exemplo: 31 (dividendo) ÷ 2 (divisor) = 15 (quociente) 1 (resto). Ao dividir 31 por 2 não temos um resultado exato, sendo assim, temos o 15 como quociente e 1 de resto. As propriedades da divisão são as seguintes:
  1. A ordem dos elementos altera o resultado final, pois não é comutativa. Ex.: 8 ÷ 2 = 4 é diferente de 2 ÷ 8 = 0,25.
  2. Não é associativa; na divisão os parênteses devem ser resolvidos primeiro. Ex.: (6 ÷ 3) ÷ 3 = 3 ÷ 3 = 1 é diferente de 6 ÷ (3 ÷ 3) = 6 ÷ 1 = 6.
  3. Elemento neutro: número 1, ou seja, o valor dividido por ele terá como resultado ele mesmo.
Números positivos e negativos: os sinais interferem no resultado final, sendo assim, quando forem iguais ele fica positivo, mas quando forem diferentes ele ficará negativo. Ex.: +10 ÷ +5 = +2; -10 ÷ -5 = +2; +10 ÷ -5 = -2.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Matemática Aplicada - Aula 02 - Números Irracionais, primos e outros

Os Números Irracionais são números decimais, infinitos e não-periódicos que não podem ser representados por meio de frações irredutíveis.

√2  - "Constante" de Pitágoras

Figura 01  - Número √2
A descoberta dos números irracionais foi considerada um marco nos estudos da geometria. Isso porque preencheu lacunas, como por exemplo, a medida da diagonal de um quadrado de lado igual a 1. Como a diagonal divide o quadrado em dois triângulos retângulos, podemos calcular essa medida usando o Teorema de Pitágoras. Com vimos, a medida da diagonal desse quadrado será √2. O problema é que o resultado desta raiz é um número decimal infinito e não periódico: √2 = 1,4142135623730950488016887....
Por mais que tentemos encontrar um valor exato da √2, só conseguimos aproximações deste valor. Considerando 28 casas decimais essa raiz pode ser escrita como: √2 = 1,4142135623730950488016887....
Imagem disponível em: √2 = 1,4142135623730950488016887....
Outros exemplos de irracionais  originados por raiz (√) são: √3 = 1,732050807568.... ; √5 = 2,236067977499... ; √7 = 2,645751311064... ;
Estes números irracionais podem ser algébrico, quando satisfaz uma equação algébrica de coeficientes inteiros. Por exemplo, a raiz quadrada de 2 (√2) pode ser escrita como sendo x2 - 2 = 0, então é irracional algébrico.
Os números irracionais também podem transcendentes quando não satisfazem uma equação algébrica de coeficientes inteiros.

Pi (π) -  Constante de Arquimedes

Figura 02  - Número (π ) 
O número pi (π) ou constante de Arquimedes, é o mais famoso dos números irracionais transcendentes. Seu valor é π = 3,14159265358979323846… e representa a proporção da medida da circunferência e do seu diâmetro. O número Pi é a mais antiga constante matemática que se conhece. É um número irracional, com infinitas casas decimais e não periódico.
A primeira tentativa rigorosa de encontrar (π) deve-se a um dos mais conhecidos matemáticos da Antiguidade, Arquimedes. Pela construção de polígonos inscrito e circunscrito de 96 lados encontrou que pi seria entre um valor entre 223/71 e 22/7.
Ptolomeu, que viveu em Alexandria aproximadamente no século III d.C., calculou pi tomando por base um polígono de 720 lados inscrito numa circunferência de 60 unidades de raio. Seu valor foi aproximadamente 3,1416.
Imagem disponível em : π = 3,1415926535897932384626433





e - Constante de Euler

Figura 03  -  Número de Neper (e).
Um outro exemplo de irracional transcendente é o número de Neper ou constante de Euler, representado por e, sendo aproximadamente igual a 2,7182818284590452353602874...
Ela é utilizado como base dos logaritmos naturais (ln x).
A constante de Euler é número irracional positivo. Alguns problemas de equações exponenciais necessitam de alguns artifícios para a solução. Este número é representado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as propriedades desse número.
A história do número e confunde-se com a história do cálculo integral e diferencial. Foi a tentativa de calcular a área de uma curva aparentemente simples y = 1 ÷ x que inspirou Newton e Leibnitz a estudarem processos infinitos, e assim toparem com o cálculo e com o número "e".
Imagem disponível em: e = 2,7182818284590452353602874...





ϕ - Número de ouro

Figura 04  - Número de ouro (ϕ).
Podemos ainda citar o número de ouro, representado por phi (ϕ). Seu valor é ϕ = 1,6180339887498948482045868... e é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega ϕ, em homenagem ao escultor Phideas, que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618.
O número de ouro é o representante matemático da perfeição na natureza. Ele é estudado desde a Antiguidade e muitas construções gregas e obras artísticas apresentam esse número como base. O número de ouro é representado pela letra grega phi e é obtido pela proporção = 1.6180339...
O número de ouro, têm fascinado intelectuais de diferentes áreas, durante pelo menos 2400 anos. Um desses intelectuais foi Leonardo Pisano (1170 – 1250), também conhecido como Fibonacci. Ele foi um dos grandes matemáticos da Idade Média e e sua contribuição para o número de ouro surgiu com o estudo sobre o crescimento da população de coelhos. 
Fibonacci percebeu que a seqüência formada pelos números de filhotes gerados mês a mês (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377…), era o resultado da soma dos dois anteriores.
Fibonacci também constatou que dividindo um número pelo anterior obtêm-se resultados que convergem para esse número de ouro, 1,618. Ele então concluiu que a razão de 1,618 não só representava uma constante de crescimento de cada ninhada de coelhos, como também era uma constante universal de crescimento de cada ninhada de coelhos, como também era uma constante universal de crescimento e evolução da natureza.
Imagem disponível em: ϕ = 1,6180339887498948482045868...

Números primos


Números primos são aqueles divisíveis apenas por um e por eles mesmos. Estão presentes na Matemática desde a Antiguidade, e vários métodos foram desenvolvidos a fim de verificar se um número é de fato primo, como o Crivo de Erastóstenes.
O Crivo de Erastóstenes consiste em criar uma tabela com números que vão de 2 até o número desejado, visto que o número 1 não é primo. Em seguida, realizamos os seguintes passos:
Passo 1 – Tendo em vista as regras de divisibilidade, sabemos que o único número par primo é o número dois. Então, excluímos todos os demais pares da tabela, ou seja, os múltiplos de 2, (4,6,8,10,12,...).
Passo 2 - De acordo com as regras de divisibilidade por 3, sabemos que um número é divisível por 3 caso a soma dos algarismos também seja. Assim, vamos excluir todos os números que são múltiplos de 3, (6,9,12,15,18,...).
Passo 3 – Do critério de divisibilidade por 5, sabemos que um número é divisível por 5 caso ele termine em 0 ou em 5. Vamos excluir todos os números que terminam em 0 e em 5, (10,15,20,15,30,...).
Passo 4 – De maneira análoga, verificando o critério de divisibilidade, vamos excluir todos os múltiplos de 7, (14,21,28,35,...).
Feito todo esse processo, os números que sobrarem são os primos de 2 até o número desejado.
O estudo dos números primos acabou resultando no Teorema Fundamental da Aritmética, que afirma que todo número inteiro positivo e maior que 1 pode ser representado de maneira única como um produto de fatores primos. A fatoração corresponde a decomposição dos números em fatores primos.

Sequência de Fibonacci

Na matemática, a Sucessão de Fibonacci (também Sequência de Fibonacci), é uma sequência de números inteiros, começando normalmente por 0 e 1, na qual, cada termo subsequente corresponde à soma dos dois anteriores.
A sequência recebeu o nome do matemático italiano Leonardo de Pisa, mais conhecido por Fibonacci, que descreveu, no ano de 1202, o crescimento de uma população de coelhos, a partir desta.
Esta sequência já era, no entanto, conhecida na antiguidade.
0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181, 6765, 10946, 17711, 28657, 46368, 75025, 121393, 196418, 317811, 514229, 832040, 1346269, 2178309, 3524578, 5702887, 9227465, 14930352, 24157817, 39088169, 63245986, 102334155

Dividir 1 por 998.001

Amantes da matemática descobriram algo estranho acontecendo com o número 998.001: se você o divide por 1, o número decimal resultante fornecerá quase todos os números de três dígitos existentes, menos um.
Por exemplo, começa da seguinte maneira: 0.000001002003004005006… e assim por diante.
O número de três dígitos ignorado nesta estranha série indica o que está acontecendo aqui, e como essa peculiaridade matemática pode ter aplicações práticas interessantes.
O número de três dígitos que falta na equação é 998. Estranhamente, o número salta de 997 para 999.
O número 998.001 é na verdade parte de uma pequena família de números com peculiaridades matemáticas interessantes: os números que são os quadrados de noves. No caso, 998.001 é o quadrado de 999.
Se você dividir 1 por 9.801 (que é o quadrado de 99), você obterá uma resposta semelhante: todos os números de dois dígitos de uma série, exceto 98.
Se você dividir 1 por 99.980.001 (o quadrado de 9.999), você obterá todos os números de quatro dígitos menos 9.998. Da mesma forma, se você dividir 1 por 81 (o quadrado de 9), o resultado será 0,012345679012345679… – todos os números de um dígito, exceto 8, continuando nesse padrão até o infinito.
Os matemáticos podem usar seu conhecimento de como esses números funcionam para criar qualquer padrão decimal recorrente desejado (algo que também é chamado de dízima periódica). O truque é definir o número de dígitos que você deseja em cada número, depois encontrar o quadrado de um número com vários noves repetidos e dividir 1 por esse número.
Isso significa que, se você quiser obter 0,012345679 como resposta, você encontrará o quadrado de 9 e dividirá por 1 para obter 1/81.
Se você criar uma série infinita que siga o padrão 1 + 2x + 3×2 + 4×3 e x for menor que 1, toda a série será simplificada para 1 dividido pelo 

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020